Jarina


A semente de Jarina provém duma palmeira pequena, de tronco grosso com numerosas raízes e flores de perfume forte.
A Jarina é também conhecida como "marfim vegetal"em português, tagua em espanhol, ivory plant em inglês e Brazilianische steinmüssee em alemão.
Esta palmeira cresce deforma espontânea em diversas regiões tropicais do mundo e no Brasil distribui-se por toda a região Amazónica.
A palmeira possui crescimento lento, existindo árvores com mais de 100 anos. As sementes levam entre 3 a 4 anos para germinar e as plantas entre 7 a 25 anos para iniciar a frutificação.
A árvore fêmea produz cerca de 6 a 8 cachos de frutos por ano, pesando cerca de 9 a 12 kg, com 8 a 12 sementes em cada fruto. As sementes novas são líquidas, claras e insípidas, semelhante ao côco. A semente tem aproximadamente 2,0 cm de diâmetro, pesando 35 gramas em média. O endosperma da jarina é um líquido claro quando a semente é ainda verde e é uma bebida refrescante na floresta. Quando o fruto está amadurecido, o líquido adquire um aspecto gelatinoso, sendo também comestível, com um sabor semelhante ao do côco em alguns estágios de desenvolvimento.
Os frutos amadurecidos caem e soltam as sementes, permitindo a secagem de 4 semanas a 4 meses, dependendo das condições climáticas. As sementes amadurecidas tornam-se duras, brancas e opacas como o marfim. A apanha das sementes faz-se entre os meses de Maio e Agosto.
A palmeira é utilizada pelas populações locais na construção civil (cobertura de casas com as folhas), alimentação do homem e animais (polpa não amadurecida) e confecções de cordas (fibras). Contudo, a parte mais usada da planta é a semente, que em substituição do marfim animal, é empregada na confecção de ornamentos, botões, peças de joalharia, teclas de piano, pequenas estatuetas, entre outros. Transformada em jóias, a Jarina está a ganhar fama nas lojas de luxo, oferecendo relógios, brincos, braceletes e colares feitos de marfim-vegetal. As sobras da jarina são transformadas num pó, que é exportado do Equador para os Estados Unidos e Japão, para a produção de botões.
Actualmente, com os riscos de extinção de animais fornecedores de marfim, a jarina apresenta-se como alternativa ecológica ao marfim verdadeiro.

Informação retirada e adaptada de www.sitecurupira.com.br e www.luxodamazonia.zip.net

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