Biojóias

É o termo utilizado para jóias que têm como diferencial, a matéria-prima vegetal, como: sementes, fibras, conchas, casca de coco, semente de jarina. Os materiais utilizados para a sua fabricação são: a semente da jarina - Phytelephas microcarpa, (conhecida como marfim vegetal), que devido à sua dureza e cor branca, é um excelente material para jóias. Recentemente, ele se tornou uma alternativa eticamente correta para o marfim. Há o capim dourado conhecido como ouro vegetal, produzido no Jalapão no estado do Tocantins, que vêm sendo utilizado como matéria-prima; o buriti, semente de açaí, dentre outros.
O material é retirado da natureza de forma legalizada e sem causar danos à natureza.
O trabalho com biojóias requer criatividade, tempo e investimento. Esse mercado está ganhando espaço a cada dia, por conta, da diferenciação das peças oferecidas ao consumidor. Elas são produzidas com material bruto proveniente da floresta amazônica aliadas à arte da ourivesaria, e com isso, as peças vêm conquistando o público nacional e, principalmente, o estrangeiro.
As biojóias deixaram de ser, apenas, colares feitos com fibras e sementes, pois aliadas às técnicas de ourivesaria e com polimentos sofisticados, já é uma atividade que conquistou mercados internacionais.
biojoiaElas são comercializadas com países estrangeiros como: Suíça, Estados Unidos, Inglaterra e, no Brasil, os principais centros consumidores estão no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
A consciência de que a mata não produz lixo e sim resíduos de alto valor, está tomando conta dos pensamentos, e abrindo as mentes para um universo de possibilidades.
O povo Apurinã, no Acre, é uma pequena comunidade que sobrevive também da produção de biojóias. Desde inúmeras gerações, eles utilizam o caroço do Tucumã e a linha do arbusto Carrapicho para produzir colares. Antigamente os pedaços quebrados do caroço foram trabalhados com paus e pedras e lixados com folhas do mato. Este processo ainda é dominado por muitos. Com uma nova tecnologia e visando alcançar uma escala comercial que atenda à demanda comunitária, hoje os Apurinã trabalham com vários tipos de sementes e utilizam em algumas etapas da produção, motores elétricos com discos de lixa e furadeiras. A oficina dos Apurinã, da área 45, funciona com máquinas simples, construídas por eles mesmos, as quais funcionam com energia elétrica proveniente de um grupo gerador.
Com a produção de biojóias é minimizada a migração dos Apurinã para as cidades e assim, a proteção legal da área indígena de 260 km² continua garantida e a renda da comercialização de seus produtos, supre as necessidades básicas e diminui a pressão sobre a fauna e flora da área. biojoiapedras

Bibliografia:

1.    www.overmundo.com.br/overblog/biojoia - Em cache - Similares
2.    portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN...1 - Em cache - Similares
3.    3.ww.viladoartesao.com.br/.../a-biojoia-vem-com-tudo/ - Em cache - Similares

Texto da autoria de Ana Maria Alvin Moura publicado no site do Instituto de Pesquisas Evolutivas
Retirado de: site IPE

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